Houve duas obras literárias que marcaram a minha vida. Daqueles livros a que, pelos ensinamentos sobre a natureza humana e a realidade do mundo, volto amiúde nas minhas memórias. O Crime e Castigo e o 1984? Já ouvi falar. E diz que também não são maus. Mas não. As obras a que me refiro são o Livro de Recordes do Guiness 1984, e o Grande Livro de Perguntas e Respostas do Charlie Brown.
Podia aqui dissertar sobre o, à data, homem mais alto do mundo, ou sobre a, à data, mais longa ténia alguma vez encontrada num ser humano, mas infelizmente tenho assuntos mais comezinhos para tratar. Temas que sugerem um formato semelhante às perguntas e respostas do Charlie Brown, mas que, por caírem no âmbito da chamada “espuma dos dias”, não caberiam numa obra tão incontornável do cânone ocidental como a da autoria do dono do Snoopy.
Porque continuamos a ouvir as opiniões políticas das Anas Gomes, Catarinas Martins e restante turba socialista/comunista?
Qualquer um de nós possui um mecanismo básico – no limite, de sobrevivência – que consiste em, com base na experiência passada, rejeitar ideias que produzem maus resultados. Ora, o socialismo/comunismo é uma ideia que, exaustiva e catastroficamente, comprovou ser péssima. Sempre que testada, a ideia produziu miséria e morte. É tão certo este ser o resultado do socialismo/comunismo como uma queda do 15.º produzir maus resultados. Razão pela qual quase ninguém opta por cair do 15.º andar.
Porque é que governos socialistas/comunistas dão sempre, sempre, péssimo resultado?
Porque ter socialistas/comunistas aos comandos de um governo é como ter terraplanistas na sala de comando de uma missão espacial.
Porque estava Mariana Mortágua aos gritos e aos saltos enquanto liderava a manifestação “Não nos encostem à parede”?
Porque, como Churchill assinalou, “Se não fores progressista aos 20, não tens coração. Se não fores conservador aos 40, não tens cérebro”.
Porque pondera Mário Centeno uma candidatura à Presidência da República?
Porque fazer carreira académica a dizer uma coisa e depois fazer o exacto oposto enquanto Ministro das Finanças não é grave. Tal como conseguir um superavit à custa da falência da Saúde e da Educação é de somenos. Já para não dizer que sair do Ministério das Finanças para ir supervisionar o próprio trabalho como governador do Banco de Portugal, ou ponderar sair do Banco de Portugal directamente para primeiro-ministro é irrelevante. O corolário óbvio desta carreira é ser o mais alto magistrado da Grunholândia.
Porque está toda a esquerda indignada por o Trump querer comprar a Gronelândia?
Porque só o conceito de alguém fazer um bom negócio indigna a esquerda. Ainda por cima um negócio que não conseguem taxar. Horror! Ah, e porque embora a esquerda abomine o colonialismo, podem bem com 50 Dinamarcas a colonizar a Gronelândia à bruta, desde que isso garanta que os EUA não fazem qualquer espécie de acordo com os gronelandeses.
Porque é que os norte-americanos, com Trump à cabeça, acham que mandam nisto tudo?
Porque andam há mais de 80 anos a pagar – com a vida dos filhos e as finanças do país – a segurança do mundo ocidental. Com uns extras na Coreia do Sul, Taiwan e tal. Termos precisado que os EUA nos salvassem de nazis e comunistas, e não se vislumbrar que deixemos de precisar para nos safarmos de russos e chineses dá uma certa bazófia aos ianques. Nojentos, pá.
Porque é que os incêndios de Los Angeles resultaram das alterações climáticas?
Porque podem, claramente, ser atribuídos a um furacão de incompetência fruto de políticas woke, ao qual se juntou uma enxurrada de outros criminosos incendiários.
Porque é que se trabalha à quarta-feira, quando seria um dia tão apropriado para uma pausa a meio da semana?
Eh pá, questões difíceis não sei. Perguntem ao Charlie Brown.
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