O presidente dos EUA, Donald Trump, ficou “a ferver” com a acusação ao ex-diretor de campanha, Paul Manafort, e outros conselheiros — mas foi aconselhado pelos assessores a não reagir publicamente, disseram fontes republicanas próximas da Casa Branca à CNN.

Em frente ao televisor, à medida que saíam as notícias sobre as acusações do procurador especial Robert Mueller, Trump estava a “ferver”, disse uma fonte à CNN. O homem que foi diretor de campanha de Donald Trump, Paul Manafort, entregou-se na segunda-feira ao procurador do departamento de Justiça Robert Mueller, o mesmo que está a supervisionar a investigação às supostas interferências russas nas eleições presidenciais. Em causa estão acusações pelos crimes de conspiração contra os Estados Unidos, conspiração para lavagem de dinheiro e falsos depoimentos.

Também Rick Gates, há muitos anos sócio de Manafort que também colaborou na campanha de Trump. Além destes dois acusados, houve ainda um antigo conselheiro de Trump, George Papadopoulos, a declarar-se culpado, por ter prestado depoimentos falsos e ter omitido provas ao FBI, “relativos a interações, durante a campanha, com contactos estrangeiros, incluindo russos”, refere a acusação.

Segundo as fontes citadas pela CNN, a acusação a Manafort e a Rick Gates não foi totalmente inesperada por Trump, já que o Presidente dos EUA terá confidenciado que há muito antecipava que membros da sua campanha fossem envolvidos na investigação de Mueller. Mas foi uma surpresa, diz a CNN, que George Papadopoulos tenha admitido ter feito declarações falsas ao FBI.

Apesar de ter sido aconselhado a não reagir, Trump não resistiu a escrever no Twitter que os factos em investigação ocorreram “há anos”, antes de Manafort ser responsável pela campanha de Trump. E perguntou porque é que a “Crooked” (corrupta) Hillary e os Democratas não são “o foco” desta investigação.

Na habitual conferência de imprensa na Casa Branca, a porta-voz Sarah Huckabee Sanders disse que esta acusação “nada tem a ver com o presidente” Trump, nem com as “suas atividades ou com a sua campanha”.

Investigação à interferência Rússia pressiona Trump, que ataca Hillary em resposta