Momentos-chave
- Começa a resposta dos democratas, numa cidade onde há muitos luso-americanos
- O plano de Donald Trump para a imigração
- Donald Trump toca no tema da imigração, mas sem dar esperanças aos democratas
- A primeira farpa é para os jogadores da NFL que protestam durante o hino
- Um ano depois, Trump vai defender o "Novo Momento Americano"
Histórico de atualizações
-
E é assim que terminamos este liveblog, depois de Donald Trump e Joe Kennedy terem falado aos EUA — e ao mundo, já agora.
Muito obrigado pela sua companhia. E até à próxima!
-
No Twitter, o discurso de Joe Kennedy já está a ser alvo de vários comentários. Não pelo conteúdo, mas sim porque o congressista democrata tinha os cantos da boca notoriamente molhados. E isto interessa alguma coisa? Não. Mas, se o Twitter é barómetro para alguma coisa, então as coisas correram mal para os democratas.
Ah, e a ocasião já está a motivar comparações com o desastroso discurso de Marco Rubio, que em 2013 foi o congressista escolhido para responder ao discurso do Estado da União de Barack Obama. O discurso ficou marcado pela parte em que Marco Rubio interrompeu o discurso para, atabalhoadamente, beber um pouco de água.
Não foi o melhor momento de Marco Rubio. E, claro, Donald Trump já gozou com ele por causa disso:
-
Terminou o discurso de Joe Kennedy.
-
Joe Kennedy: “Os bullies podem dar um murro, podem deixar marcas, mas nunca, na Historia dos EUA, estiveram à altura do espírito e força de um povo unido na defesa do seu futuro”.
-
E, num truque que os democratas usam cada vez mais regularmente, Joe Kennedy acaba de falar em espanhol. Para tocar no tema da imigração e dos dreamers, ou seja, os filhos de imigrantes ilegais que foram levados para os EUA e cujo estatuto legal nos EUA está e risco. Eis o que Joe Kennedy disse, com a parte em espanhol destacada em itálico: “A todos os dreamers a ver-nos hoje, deixem-me ser muito claro: Vocês são parte da nossa história. vamos lutar por vocês e não vamos fugir“.
-
Agora, o contrapeso dos democratas à mensagem de união de Donald Trump.
“Estão a tornar a vida dos americanos num jogo, onde para um ganhar, outro tem de perder. Onde conseguimos garantir a segurança da América se cortarmos a nossa rede de segurança. Onde podemos alargar os cuidados de saúde no Mississippi se o estragarmos no Massachusetts. Podemos cortar os impostos às empresas hoje se amanhã os aumentarmos às famílias. Podemos tomar conta de crianças se sacrificarmos os dreamers. Somos bombardeamos com escolhas falsas atrás de escolhas falsas. Mineiros ou mães solteiras. Comunidades rurais ou subúrbios. A costa ou o interior. Como se um mecânico em Michigan, uma professora em Tulsa ou uma educadora de infância em Birmingham fossem rivais, em vez de vítimas de um sistema engendrado para quem está no topo”.
Depois, continuou: “Aqui, está a escolha dos democratas: nós escolhemos os dois”.
-
Eis o retrato do país, da parte do congressista democrata Joe Kennedy: “Um governo com dificuldades em ser transparente, a Rússia infiltrada na nossa democracia, uma guerra contra o ambiente, um Departamento de Justiça a reverter direitos civis, ódio e supremacia a marchar com orgulho nas nossas ruas, balas a entrar nas nossas aulas, concertos e congregações, a atingir os nossos sítios mais seguros e sagrados”.
-
“Nós ouvimos a voz dos americanos que se sentem esquecidos”, diz Joe Kennedy. Há pouco mais de um ano, era Donald Trump que dizia isto. Pelos vistos, é cíclico.
-
Começa a resposta dos democratas, numa cidade onde há muitos luso-americanos
Começa agora a falar Joe Kennedy III, o congressista responsável por dar a reposta do Partido Democrata ao discurso de Donald Trump. Está em Fall River, no estado de Massachusetts: uma cidade onde a comunidade portuguesa é enorme. E é por aí que começa: “Estamos Fall River, Massachusetts, uma cidade construída por imigrantes. De têxteis a robots, esta é uma cidade que sabe fazer grandes coisas”.
-
E é assim que termina o discurso de Donald Trump, que falou durante cerca de 1 hora e 20 minutos. Foi um discurso feito maioritariamente num tom positivo, onde o Presidente dos EUA tentou defender o legado do ano que passa. Ainda assim, tratou de referir alguns dos temas que são, na sua visão, ainda um problema. Entre estes, está a política internacional (com destaque para a Coreia do Norte), a toxicodependência, a imigração e a segurança.
Ah, e como seria de esperar, Donald Trump só disse palavra “Rússia” uma vez neste discurso, e não foi para falar da investigação em torno do alegado conluio da sua campanha com o Kremlin durante a campanha de 2016.
-
E agora a parte final do discurso:
“Enquanto tivermos orgulho no que somos e por aquilo que lutamos, não há nada fora do nosso alcance. Enquanto tivermos confiança nos nossos valores, fé nos nossos cidadãos, confiança em Deus, nunca vamos falhar. As nossas famílias vão crescer, o nosso povo vai prosperar e a nossa nação vai ser para sempre segura, forte, orgulhosa, poderosa e livre. Obrigado e que Deus abençoe a América. Boa noite”.
-
Ding, ding, ding, ding: o segundo “Make America Great Again” da noite:
“Os americanos enchem o mundo com arte e música, empurram as barreiras de ciência e da investigação. Eles lembram-nos do que não nos devemos esquecer: o povo sonhou este país, o povo construiu este país e o é povo que está a tornar a América grande de novo”
-
O discurso de Trump parece encaminhar-se agora para o fim. Terminou a parte sobre a política internacional e agora volta a falar sobre os EUA, falando sobre George Washington, Abraham Lincoln e Martin Luther King, a estátua da liberdade, soldados norte-americanos que morreram em combate, etc. Ou seja, Donald Trump faz agora uma ode ao chamado “excecionalismo americano”. Os congressistas acompanham-no a gritos de “USA! USA! USA!”.
-
Depois de críticas a Cuba, Venezuela e Irão, Trump refere a Coreia do Norte.
“A complacência e as concessões só dão lugar a agressões e provocações. Não vou repetir os erros das administrações passadas que nos levaram a esta posição muito perigosa. Só precisamos de olhar par ao caráter depravado do líder norte-coreano para perceber os perigos da ameaça nuclear para a América e para os seus aliados”, diz.
Depois, referiu o caso de Otto Warmbier, o estudante norte-americano que foi preso na Coreia do Norte por alegadamente ter roubado propaganda do regime de Kim Jong Un. Depois de ter estado preso 17 meses, foi enviado para os EUA. Porém, estava em coma e acabou por morrer sem ter acordado antes. Os pais de Otto Warmbier, que morreu aos 22 anos, estão presentes no Congresso, também a convite de Donald Trump.
-
Trump fala agora do tema de Jerusalém, a cidade norte-americana que os EUA reconheceram como capital de Israel. Foi aplaudido de pé, por republicanos e (alguns) democratas. Depois, referindo que dias após essa decisão houve “dezenas de países” que votaram contra essa decisão na assembleia-geral da ONU, pediu ao Congresso que assegurasse que todo o dinheiro dado a outros países “sirva sempre os intersses americanos e vá apenas para os amigos da América e não para os inimigos”.
-
Trump diz que, antes do discurso, deu ordens ao Secretário de Defesa, Jim Mattis, para que mantivesse a prisão de Guantanamo aberta.
-
O discurso de Donald Trump já dura há pouco mais de uma hora — ou seja, já ultrapassa a duração do discurso do ano passado.
-
O discurso de Donald Trump já dura há pouco mais de uma hora — ou seja, já ultrapassa a duração do discurso do ano passado.
-
Conforme se previa, Donald Trump falou agora da (quase) extinção do Estado Islâmico no Iraque e na Síria — um feito que, a bem da verdade, está longe de ser um exclusivo dos EUA. Eis o que o Presidente norte-americano disse sobre este tema: “No ano passado, prometi que iria trabalhar com os nossos aliados para extinguir o Estado Islâmico da face da terra. Uma no depois, é com orgulho que digo que a coligação para derrotar o Estado Islâmico libertou quase 100% do território que esses assassinos tiveram no Iraque e na Síria. Mas ainda há muito trabalho pela frente. Vamos continuar a lugar até o Estado Islâmico ser derrotado”.
-
A política internacional passa por "modernizar e reconstruir o arsenal nuclear"
Já faltava o tema da política internacional — e Donald Trump decidiu inaugurá-lo falando da necessidade de “modernizar e reconstruir o arsenal nuclear” dos EUA. “Talvez, uma dia, haverá um momento mágico em que os países do mundo se vão juntar e vão eliminar as suas armas nucleares. Infelizmente, ainda não chegámos lá”, disse.