O comentador Luís Marques Mendes defendeu que António Vitorino tem “grandes hipóteses” para ser eleito novo Director-Geral da Organização Mundial das Migrações, da ONU. As eleições estão marcadas para o próximo dia 29.

No seu comentário semanal na SIC, Marques Mendes disse que “foi bom que Portugal tivesse apresentado uma candidatura” e diz que Vitorino é um “excelente candidato”. O comentador não deixou de relembrar que entre os “nove últimos directores-gerais da Organização Mundial das Migrações, “oito foram americanos”.  Ainda assim:

As atitudes do senhor Trump desajudam o candidato americano e objetivamente favorecem indiretamente António Vitorino”, disse.

“Está-se em autogestão” no PSD

Para exemplificar as “trapalhadas” do PSD, Marques Mendes recuperou “três casos praticamente em 10 dias” que envolvem Rui Rio e os próprios apoiantes e dirigentes escolhidos por ele próprio: o vice-presidente de Rio, David Justino, contra ele na questão dos professores; Silva Peneda, do Conselho Económico Estratégico de Rio, contra ele na questão do Orçamento de Estado; Fernando Negrão, líder parlamentar do PSD, a votar de maneira diferente à de Rio na questão dos combustíveis.

Revela que não há liderança a sério. Se houvesse, nenhum dirigente dizia ou decidia uma coisa sem articular com o líder. Está-se em autogestão”, disse.

O comentador acrescentou que estes desentendimentos mostram que “não há debate político no PSD”. Marques Mendes acredita, por isso, que Rio terá dificuldades em ganhar as eleições legislativas. “Se ele não consegue mandar no partido como é que ele vai mandar no país?“, acrescentou.

Combustíveis. “Isto é a demagogia absoluta”

Marques Mendes defendeu que o governo “é o principal responsável” em matéria de combustíveis porque prometeu que o adicional no imposto sobre os produtos petrolíferos era transitório e que só iria existir enquanto o preço do petróleo estivesse baixo. Marques Mendes não deixa de fora o PCP nem o Bloco porque “viabilizaram isto”. “Isto é a demagogia absoluta, é um vale tudo, é um salve-se quem puder”, disse ainda.

Os mesmo que aprovaram o Orçamento, portante viabilizaram o suplemento. Agora, viabilizaram o contrário que é para agradar a gregos e a troianos. É uma forma de ser desleal”, afirmou o comentador.