Aos sete minutos, a Luz viu o que não queria ver: Taarabt, depois de uma entrada dura sobre Kiki Afonso em que até começou por ver cartão amarelo, foi expulso com vermelho direto depois de Manuel Oliveira analisar as imagens do VAR. Com praticamente um jogo inteiro por disputar, contra um Vizela de Álvaro Pacheco que joga bom futebol, o Benfica estava em inferioridade numérica. 

Taarabt, o Henrique merecia muito mais do que isto (a crónica do Benfica-Vizela)

Mas a verdade é que, apesar da expulsão mais rápida de sempre de um jogador encarnado a jogar na Luz, o Benfica poderia ter conquistado uma vitória nesta jornada. A equipa de Nélson Veríssimo desenhou as melhores oportunidades da primeira parte, reagiu da melhor forma à desvantagem e terminou a partida totalmente inserida no último terço adversário, pecando apenas na finalização. No fim, os encarnados não foram além de um empate e podem ficar a seis pontos do Sporting, se os leões vencerem o Moreirense na segunda-feira, e a 12 do FC Porto, se os dragões vencerem o Tondela no domingo.

Com este empate, o Benfica já leva 13 pontos perdidos na Luz para o Campeonato esta temporada, sendo que sete deles foram nas últimas cinco jornadas. Ao 26.º jogo da Primeira Liga, os encarnados levam 21 pontos desperdiçados, mais um do que na mesma altura da época passada, e começam a ver cada vez mais distante o objetivo de ainda chegar ao segundo lugar e ao apuramento direto para a Liga dos Campeões. Na flash interview, Nélson Veríssimo confessou estar “muito desiludido” com o resultado.

“O facto de termos começado desde cedo a jogar com menos um dificultou em muito a nossa tarefa. Os nosso jogadores foram bravos. Tivemos de tomar algumas cautelas. Muitos momentos com menos um mas mesmo assim a conseguirmos um bom jogo. Os nossos jogadores fizeram tudo para sair daqui com os três pontos. Sofremos um golo, a nossa equipa tentou. O facto de o guarda-redes adversário ter sido o Homem do Jogo traduz aquilo que foi o jogo. Criámos oportunidades, mais remates, mais ocasiões. Duas boas equipas que valorizaram o espetáculo, o público contribuiu para a equipa se galvanizar. Mas depois, no meio disto tudo, a pergunta é: o VAR é para quê? O Adel [Taarabt] é para expulsão. Depois, ao minuto 72, numa bola dividida, é uma coisa clara e evidente. Não me quero desculpar porque todos erramos mas depois disto, a gente pergunta-se: para que é que é o VAR? Dar uma palavra aos nossos adeptos, aos nossos jogadores que lutaram. Pena não termos conseguido marcar mais um golo. Dar os parabéns ao Vizela pela forma como veio disputar o jogo. Agora temos de dar já uma resposta frente ao Ajax”, atirou o treinador, antecipando desde já o jogo da segunda mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões, em Amesterdão.

Na zona de entrevistas rápidas, Veríssimo ainda deixou uma palavras aos adeptos. “Que continuem com o apoio que têm dado a esta equipa. É óbvio que a equipa tem um compromisso enorme em respeitar a história do clube, é óbvio que as coisas nem sempre correm como desejamos, mas contamos com esse apoio já frente ao Ajax”, terminou o técnico encarnado, cujas declarações acabaram por ir ao encontro das reações de Weigl e Darwin após o apito final, com o primeiro a ajoelhar-se e o segundo a cair no chão.