A invasão das tropas russas na Ucrânia já levou a mais de um milhão de refugiados que abandonaram o país. Os que ficaram, contudo, deparam-se com uma situação de fragilidade, onde além da própria guerra em si e dos perigos físicos que a mesma acarreta, paira ainda a incerteza financeira.
Uma nova maneira de contribuir para ajudar os cidadãos ucranianos no país está a ser utilizada por pessoas de todo o mundo e tem como ferramenta o Airbnb. Em vários países, as pessoas têm marcado noites de estadia nos Airbnb da Ucrânia, informando depois os seus anfitriões que não vão viajar para o país (mas pagando na mesma), servindo o dinheiro das reservas, portanto, para ajudar os ucranianos financeiramente.
Um casal, como explica o The Guardian, agendou uma estadia em Kiev de 3 a 10 de março, tendo depois entrado em contacto com a anfitriã, Maria.
Olá, Maria a minha mulher e eu agendámos o teu apartamento por uma semana, mas claro que não vamos de visita. Isto é apenas para que possas receber algum dinheiro. Desejávamos poder fazer mais por ti e pelo povo da Ucrânia”, afirmou um dos elementos do casal, numa conversa partilhada no Twitter.
HOW TO HELP – just booked a Kiev AirBnb for 1 week, simply as a means of getting money directly into the hands of Kiev residents. It's really cheap and can make a small difference right now. Please share this idea #Ukraine #Russia #StopWarInUkraine #StopPutinNOW #UkraineRussiaWar pic.twitter.com/7yQDLYRkph
— Mario Di Maggio (@SeniorSciComm) March 3, 2022
Um porta-voz da Airbnb confirmou à revista Today que “todos as taxas de serviço na Ucrânia estão a ser suspensas“. Deste modo, a percentagem total das marcações irá para os anfitriões ucranianos.
Na segunda-feira, a Airbnb anunciou um plano para hospedar, de forma gratuita, 100 mil refugiados da Ucrânia. À CNN, o cofundador e CEO da Airbnb, Brian Chesky, explicou que o objetivo depois seria permitir que os refugiados ucranianos pudessem ter “tantas opções de hospedagem por intermediário desta empresa quanto maior fosse o número de voluntários” disposto a apoiar financeiramente a causa.
2. We need help to meet this goal. The greatest need we have is for more people who can offer their homes in nearby countries, including Poland, Germany, Hungary and Romania. If you can host a refugee, go here: https://t.co/oCtjjcU6Ll
— Brian Chesky (@bchesky) February 28, 2022