Portugal tem agora 24.027 casos confirmados de Covid-19, segundo o Relatório da Direção-Geral da Saúde sobre a situação epidemiológica desta segunda-feira, 27 de abril. Houve um aumento de 163 casos, num acréscimo de 0,7%, o menor de sempre em termos percentuais e o menor desde 19 de março em termos brutos. Já o número de vítimas mortais subiu de 903 para 928, um aumento de 25 mortes que representa uma subida na ordem dos 2,8%.
Boletim DGS. Centro sem novas mortes, Madeira sem alterações e mais uma dezena de casos importados
Desde 1 de abril que Portugal não tem um número tão reduzido de casos de hospitalização e desde 30 de março que não existiam tão poucas pessoas internadas em unidades de cuidados intensivos. Este foi ainda o 11.º dia consecutivo em que se registou uma queda no número de internados e o 9.º seguido com uma descida nos cuidados intensivos. Ainda assim, é necessário recordar que os números são normalmente mais baixos à segunda-feira, devido à informação relativa ao fim de semana que ainda não foi registada — apesar de os números desta segunda-feira serem ainda mais baixos do que o normal para o primeiro dia útil da semana.
A análise do Relatório da Direção Geral da Saúde sobre a situação epidemiológica em Portugal desta segunda-feira, dia 27 de abril, pode ser feita através de vários pontos distintos, a saber:
Número total de casos, mortes e recuperados
Portugal regista o menor aumento percentual de novos casos e o menor aumento bruto desde 19 de março. Os 163 casos confirmados deste domingo para esta segunda-feira representam uma subida percentual de 0,7% (inferior aos 2% deste domingo) e colocam o número total de infetados nos 24.027, ultrapassando pela primeira vez a fasquia dos 24 mil casos. Registaram-se mais 25 vítimas mortais, num número total que é agora de 928 e que significa um aumento de 2,8% (menor do que os 2% do dia anterior). Os casos recuperados também voltaram a crescer, ainda que menos do que na véspera: são agora 1.357, mais 28 do que este domingo, uma subida de 2,1% (inferior aos 4,1% de domingo). A taxa de letalidade portuguesa está agora nos 3,4% — este domingo era de 3,8%.
Caracterização dos óbitos
O aumento bruto de 25 mortes registado nas últimas 24 horas deu-se principalmente na faixa etária a partir dos 80 anos. De domingo para segunda-feira, morreram mais 19 pessoas com mais de 80 anos, oito homens e 11 mulheres (total de 628, mais 3,1%). As restantes mortes adicionais dividiram-se pelas faixas etárias dos 70 aos 79 anos (mais duas, total de 184, mais 1%), dos 60 aos 69 anos (mais duas, total de 80, mais 2,6%), e dos 50 aos 59 anos (mais duas, total de 26, mais 8,3%). Mantêm-se as 10 vítimas mortais com menos de 50 anos: todas entre a faixa etária dos 40 aos 49 anos, cinco homens e cinco mulheres.
Caracterização do número de casos por região
Taxa de letalidade da zona Centro mantém-se superior à nacional. Num dado que já foi abordado nas conferências de imprensa da Direção Geral da Saúde, a taxa de letalidade da região Centro está agora nos 5,9%, superior aos 3,9%. O mesmo acontece nos Açores, ainda que num universo muito inferior de casos (taxa de letalidade de 7,5%, 120 casos, nove mortes). Na zona Centro, regista-se esta segunda-feira uma subida de mais 20 casos (total de 3.252, mais 0,6%) e mais três mortos (total de 191, mais 1,6%).
Ainda assim, o Norte continua a ser a região mais fustigada pelo coronavírus em Portugal: registam-se agora 14.496 casos confirmados, mais 110 do que este domingo (aumento de 0,8%) e 536 vítimas mortais, mais 17 (aumento de 3,3%). Segue-se Lisboa e Vale do Tejo, com 5.556 casos (mais 25 casos, mais 0,5%) e 179 óbitos (mais quatro, mais 2,3%). O Algarve tem agora 328 casos (mais seis, mais 1,9%) e 12 vítimas mortais (as mesmas que este domingo) e o Alentejo continua a registar apenas um óbito, tendo agora 189 casos confirmados (mais dois, mais 1,1%). A Madeira continua sem mortos e com os mesmos 86 casos da véspera, enquanto que os Açores registam agora nove vítimas mortais (mais uma) e 120 casos.
Número de países e casos importados
Os casos importados de outros países não registam esta segunda-feira qualquer alteração. Segundo relatório diário da DGS sobre a situação epidemiológica em Portugal, mantêm-se os 751 casos importados de 48 países diferentes. Espanha continua a ser o país de onde Portugal importou mais casos, 171, seguido de França, com 137, e Reino Unido, com 88.
Número de casos por grupo etário
Depois de ultrapassar pela primeira vez a fasquia dos 3.700, a faixa etária acima dos 80 anos foi a principal castigada pelo aumento de 163 casos deste domingo para esta segunda-feira. São agora 3.748 os casos confirmados com mais de 80 anos (mais 40, mais 1%), cerca de 15,6% dos 24.027 globais. Os casos entre os 40 e os 49 anos são agora 4.036, algo como 16,8% do total. Existem 385 casos em crianças dos 0 aos 9 anos, mais dois do que este domingo, e 2.915 entre os 10 e os 29 anos, mais 21 do que na véspera e cerca de 12,1% do número global de casos em Portugal.
Número de casos internados e nos cuidados intensivos
Desde 1 de abril que Portugal não tinha um número tão reduzido de casos hospitalizados e desde 30 de março que não existiam tão poucas pessoas internadas em unidades de cuidados intensivos. Este foi ainda o 11.º dia consecutivo em que se registou uma queda no número de internados e o 9.º seguido com uma descida nos cuidados intensivos. Esta segunda-feira, o boletim da DGS dá conta de menos 10 pessoas hospitalizadas (total de 995, menos 1%) e menos seis pessoas nos cuidados intensivos (total de 176, menos 3,3%). A descida percentual, em relação à véspera, foi inferior nas hospitalizações (este domingo tinha sido de 3,4%) e superior nos cuidados intensivos (tinha sido de 2,2%).
Número de casos suspeitos, não confirmados, em vigilância e a aguardar resultados
Mais 418 pessoas, um aumento de 8,9%, a aguardar o resultado do teste à Covid-19. Ainda assim, este dado deverá estar relacionado com o facto de ser segunda-feira e de muitos elementos relativos ao fim de semana ainda não estarem contabilizados. Os aumentos de casos suspeitos e não confirmados foram reduzidos: mais 1.161 casos suspeitos, uma subida de 0,5%, e mais 580 não confirmados, uma subida de 0,3%. 30.703 estão ainda sob vigilância das autoridades de saúde, mais 250 do que este domingo.
Caracterização dos casos por género
Mais de 2.500 mulheres infetadas acima dos 80 anos. Se os casos em idosos com mais de 80 anos representam mais de 15% do número global em Portugal, a verdade é que existe uma disparidade em termos de género nessa faixa etária: 1.238 são homens, 2.510 são mulheres, quase 70% do total acima dos 80 anos. Essa mesma tendência de distribuição por género mantém-se nas restantes faixas etárias, com as mulheres infetadas a serem agora 14.222 em números total (cerca de 59,1% do total de casos no país). Em comparação, existem 9.805 homens infetados. As faixas etárias mais afetadas, tal como acontece nos valores que englobam os dois géneros, encontram-se entre os 40 e os 59 anos, onde 4.948 mulheres estão infetadas.
Número de casos por concelho
Lisboa continua a ser o concelho com mais casos: 1.413, mais sete do que o apresentado no boletim da véspera. Porto (1.211), Vila Nova de Gaia (1.263), Gondomar (966), Matosinhos (1.017) e Braga (1.019) são os concelhos que se seguem. Sintra e Paredes foram os concelhos que registaram as maiores subidas face ao último relatório, com mais 10 e 16 casos, respetivamente.
Caracterização dos casos confirmados por sintomas
Tosse e febre continuam a ser os principais sintomas. Os sintomas apresentados entre os casos de testes positivos (com informação respeitante a 83% desses casos) mantêm-se praticamente inalterados em relação aos últimos dias, com maior preponderância de tosse (50%) e febre (36%), seguidas de dores musculares (26%) e cefaleias (23%). Fraqueza generalizada (19%, menos 1%) e dificuldades respiratórias (15%) são os sintomas com menor taxa de incidência.