Boa noite a todos e vamos agora ao balanço final!

Depois de ser o primeiro filme da Coreia do Sul a ganhar o Festival de Cannes, “Parasitas” torna-se também no primeiro filme não falado em inglês a ganhar o Óscar de Melhor Filme, acumulando com o de Melhor Realizador (Bong Joon-Ho) e Melhor Filme Internacional. Fez-se história hoje em Hollywood.

As palavras de Alexandre Borges sobre o grande vencedor da noite:

Glória a Bong Joon-ho, glória aos “Parasitas”

Parabéns!

E, já agora, afinal é «Parasita» ou «Parasitas»?

E “Parasitas” torna-se no primeiro filme não falado em inglês a ganhar o Óscar de Melhor Filme, derrotando o favorito “1917”.

E o Óscar de Melhor Filme vai para “Parasitas”. O filme bate a concorrência e conquista a estatueta mais desejada da noite.

O prémio foi entregue por Jane Fonda.

Se seguir o padrão, se ganhar o Melhor Filme, Bong Joon-ho dirá que vai beber até 2022.

E mais outro Óscar anunciado: Renée Zellweger por “Judy”, que no seu discurso de agradecimento não assume as dores do mundo nem debita a agenda politicamente correcta ou fala do papel “social” do actor. Que alívio!

A lista é longa, mas seria uma grande surpresa se o Óscar não fosse para “1917” ou “Parasitas”.

“1917”
“O Irlandês”
“Joker”
“Marriage Story”
“Jojo Rabbit”
“Era Uma Vez Em… Hollywood”
“Le Mans 66′: O Duelo”
“Mulherzinhas”
“Parasitas”

Já não cortam os discursos?

Em mais um discurso ao seu estilo, Joaquin Phoenix começou por dizer que não se sente acima “dos nomeados e de ninguém desta sala”. Partilha com os que ali estão, disse, “o mesmo amor, o amor pelos filmes”.

Esta forma de expressão deu-me a vida mais extraordinária. Não sei o que seria sem ela”, apontou.

Depois, prosseguiu para um tom mais político, habitual nos seus discursos recentes: disse que a sua maior virtude recente tem sido a oportunidade de “usar a minha voz pelos que não têm voz”, criticou a forma como os seres humanos se “desconectaram do mundo natural” e com a sua “visão egocêntrica” acreditaram que são “o centro do universo”. Por isso, usam e abusam dos animais (Phoenix é vegetariano).

Joaquin Phoenix disse ainda que há “causas diferentes” em que vê um elo comum: “Quer estejamos a falar de género, de desigualdades, de racismo, do que for, estamos a falar de lutas contra injustiças”. Phoenix quer que os humanos usem “o amor e compaixão como princípios” para mudanças coletivas e admitiu: “Tenho sido egoísta, tenho sido cruel por vezes, alguém com quem é difícil trabalhar e que não é grato. Mas muitos de vocês nesta sala deram-me uma segunda oportunidade”.

É quando “não nos cancelamos uns aos outros mas quando nos guiamos uns aos outros em direção à redenção que exercemos o melhor da humanidade”, disse ainda. Acabou emocionado a recordar uma letra escrita pelo seu irmão, o ator, ativista e músico River Phoenix, que morreu aos 23 anos.

E a vencedora é… Renne Zellweger

As nomeadas para Melhor Atriz:

Cynthia Erivo, “Harriet”
Scarlett Johansson, “Marriage Story”
Saoirse Ronan, “Mulherzinhas”
Charlize Theron, “Bombshell – O Escândalo”
Renee Zellweger, “Judy”

E o Óscar devia ter ido mesmo para Antonio Banderas em “Dor e Glória” e não para o “karaoke” de Marlon Brando que é a interpretação de Phoenix em “Joker”.

E lá vem um mini-comício de Joaquin Phoenix, que não percebe que muita gente que o admira como actor não está particularmente interessado nas suas ideias políticas ou nas suas causas.

E o Óscar de Melhor Ator vai para Joaquin Phoenix (“Joker”).

OMG! Não estava nada à espera!

Vai ser anunciado agora o Óscar de Melhor Ator. Eis os nomeados:

Antonio Banderas, “Dor e Glória”
Leonardo DiCaprio, “Era Uma Vez Em… Hollywood”
Adam Driver, “Marriage Story”
Joaquin Phoenix, “Joker”
Jonathan Pryce, “Dois Papas”