O nome de Cristiano Ronaldo foi falado, e de que maneira, pela ausência da gala da FIFA que consagrou o ex-companheiro de equipa Luka Modric como melhor jogador do mundo. O próprio treinador da Juventus, Massimilliano Allegri, abordou o assunto na conferência de imprensa de antevisão do jogo com o Bolonha — o tal que, acontecendo apenas dois dias depois da cerimónia da FIFA, terá inviabilizado a presença de CR7 em Londres.
Garantia o técnico que Ronaldo estava “bem fisicamente” e com “vontade de jogar e marcar”. O internacional português demorou a arrancar nos golos pela nova equipa mas, desde que começou a faturar, ainda não parou. Procurava agora, de regresso à casa da vecchia signora, onde se estreou nos golos com um ‘bis’ frente ao Sassuolo, apontar o quarto remate certeiro da época.
Mas foi de outro português, João Cancelo, que primeiro se falou no encontro. O lateral surgiu a titular, mas na faixa esquerda (fazendo descansar Alex Sandro), e foi dos seus pés que surgiu a primeira oportunidade da formação de Turim. O antigo jogador do Benfica e do Valência fletiu da esquerda para dentro e disparou forte, para defesa de Skorupski.
Foi só o primeiro aviso de uma entrada a todo o gás que se traduziu em números pouco depois. Paulo Dybala — que foi, novamente, companheiro de ataque de Cristiano Ronaldo — surgiu oportuno na recarga a um remate de Matuidi e inaugurou o marcador. Ainda estava o Bolonha a pensar como esboçar uma reação e já Matuidi estava lá para, desta vez, não perdoar. Cristiano Ronaldo assistiu o francês para o 2-o que sentenciou a partida aos 16 minutos.
CR7 ainda tentou, ele próprio, colocar o nome na ficha de marcadores: primeiro depois de trabalhar à entrada da área, fletir para a esquerda e disparar um tiro que passou ao lado da baliza do Bolonha; depois numa bela jogada em que fez o túnel a um adversário e obrigou Skorupski a aplicar-se.
A segunda parte trouxe um jogo diferente. A Juventus estava confortável com o resultado e abrandou o ritmo — a falta de reação por parte do Bolonha também não incitou a vecchia signora a outra postura. A equipa visitante tentou, a espaços, contra-atacar, mas as jogadas perdiam-se antes mesmo de se concretizarem. Para a Juventus, estava conseguido o mais importante: garantir a vitória que permitia manter a vantagem de três pontos sobre o Nápoles (que derrotou o Parma por 3-0 esta noite) antes da receção aos napolitanos, na próxima jornada.