Jorge Jesus alcançou esta sexta-feira um número bem redondo: 400 jogos ao serviço do Benfica. O P. Ferreira bem tentou estragar a festa colocando-se a vencer, mas a reviravolta encarnada acabou por surgir com naturalidade após o desbloqueamento de Grimaldo (admitido pelo técnico encarnado). Com dez golos em dois jogos – seis com o Sp. Braga e quatro esta noite com os pacenses –, as águias tentam ganhar embalo para chegar a Barcelona a meio da semana (terça-feira) e tentar um bom resultado.

Jorge Jesus não aceitou desculpas e atirou “fichas” escondidas para o jogo 400 (a crónica do Benfica-P. Ferreira)

O Benfica entrou em campo com várias alterações e acabaram por ser dois playmakers que nem têm jogado assim tanto e até começaram no banco, Pizzi e Taarabt, a desbloquear o jogo com assistências. Seferovic regressou aos relvados para fazer um golo e, assim, o banco dos encarnados acabou por ser decisivo. “É verdade que a entrada dos jogadores foi fundamental para mudar a intensidade do jogo. Foi mais fácil, porque a equipa do Paços já teve mais dificuldade em defender, recuperar posicionamentos e em jogar no um contra um. Nos últimos 20 minutos, coloquei praticamente uma equipa toda para a frente, tirando os dois centrais”, frisou Jorge Jesus na flash interview à SportTV, acrescentando que este tipo de alterações “era um risco que ia assumir, porque podia levar o segundo golo”.

“Acredito naquilo que fazemos e que o risco de meter jogadores com aquelas características ia proporcionar-nos de certeza oportunidades para golo, como tivemos na primeira parte mas não marcámos. Abrimos o marcador com um golo de livre e o Gri [Grimaldo] é que abriu no fundo este resultado”, admitiu Jesus, que deu ainda “os parabéns aos jogadores que entraram”. “Acho que o Benfica fez sempre um bom jogo. Na primeira parte não fez golos mas criou. O Benfica fez 22 remates com 11 na baliza. Teve 16 cantos. Não é normal. O P. Ferreira praticamente fez um remate na baliza e fez um golo”, acrescentou.

Questionado sobre as alterações táticas, visto ter começado com três defesas e terminado numa defesa à quatro, tendo em vista o próximo jogo, Jesus disse que “o Barcelona não é o P. Ferreira”. “Nem há comparação possível… Achei que era o momento certo para mudar o sistema e para tirar o André Almeida, porque vinha de uma paragem de muito tempo e não podia acrescentar muito mais. Entraram jogadores que não eram muito fortes a defender, mas eram mais fortes a atacar, podiam arranjar soluções e não perder tanto passe como perdemos algumas vezes pelo Gedson e pelo Julian [Weigl]. Tudo isso facilitou. Em dois jogos marcámos dez golos, com dois golos sofridos. Isto demonstra a qualidade de jogo do Benfica”, rematou o treinador.