O ministro da Educação de França, Jean-Michel Blanquer, divulgou esta terça-feira de manhã os detalhes da reabertura das escolas em todo o país, confirmando que os alunos não vão regressar às aulas todos ao mesmo tempo e adiantando também que não haverá grupos com mais de 15 alunos.
O início do regresso às aulas avançará mesmo a 11 de maio, tal como já tinha anunciado o Presidente francês, Emmanuel Macron. Porém, conforme sublinhou o responsável pela pasta da Educação em França, esse regresso não será em simultâneo para todos os alunos.
“Evidentemente não vamos ter todos os alunos a voltar às salas de aula a 11 de maio como se estivéssemos a retomar tudo em normalidade”, disse. “Não é de todo isso o que vai acontecer, antes pelo contrário.”
De acordo com o que foi anunciado pelo ministro da Educação francês, o regresso será feito em três fases.
- 11 de maio. Nessa semana, regressam às aulas os alunos do primeiro ano da primária (6-7 anos) e os alunos do segundo ano do ensino básico (10-11 anos).
- 18 de maio. A partir deste dia, voltam às aulas dos alunos do 6º ano (11-12 anos), do 9º ano (14-15 anos) e, no caso da escola secundária, regressam os estudantes do 11º e do 12º ano (dos 16 aos 18 anos). Também é para esta data que está previsto o regresso dos estudantes do ensino profissional.
- 25 de maio. Todos os anos que até esta data não tenham voltado às aulas passam então a fazê-lo, juntando-se aos restantes.
De acordo com o que sublinhou o ministro, “não haverá nenhuma grupo de alunos com mais de 15 alunos”. O número deverá ser definido por cada escola, mas nunca poderá ser maior do que 15 alunos — o que obrigará a uma mudança na organização das turmas, que em França oscilam entre os 18,3 e os 29,1 alunos, consoante o grau de ensino.
De maneira a conseguir fazer essa divisão, garantindo que não são agrupados mais de 15 alunos no mesmo espaço físico, deverão ser encontradas soluções em que metade de uma turma será ensinada de forma presencial e a outra à distância, podendo ainda haver a possibilidade de alguns estudantes serem consignadas a estudo autónomo.
Além disso, adianta o Le Monde, o ministro da Educação referiu a possibilidade de as autarquias facilitarem o uso de instalações municipais para a prática de atividades desportivas ou culturais. Para isso, Jean-Michel Blanquer disse que seria necessário haver “flexibilidade” das autarquias.
O ministro da Educação admitiu ainda a hipótese de haver alunos que não regressem fisicamente às aulas, podendo assim continuar a ser ensinadas à distância, caso seja essa a opção das suas famílias. “Mas um aluno nunca estará em altura alguma livre de obrigações escolares”; disse. “Se as famílias não quiserem mandar os seus alunos para as aulas, isso é possível, mas é possível garantir que têm ensino à distância.”
Quanto aos professores, será possível a todos aqueles que pertençam a um grupo de risco trabalhar remotamente, em regime de teletrabalho.