Tinham menos de 70 anos de idade seis das 12 vítimas mortais nas 24h até à meia-noite deste sábado. E quatro delas tinham menos de 60 anos, incluindo uma mulher na casa dos 40 anos. Esta é uma das principais informações de um boletim da Direção-Geral de Saúde (DGS) que, a outros níveis, trouxe notícias mais positivas.

O número de novos infetados aumentou em 0,5%, apenas 138 novos diagnósticos positivos – bem abaixo da média de cerca de 500 novos casos por dia que foi reportada nos últimos três dias. E os números de doentes internados (e, também, em cuidados intensivos) voltaram a baixar.

Eis os principais números do boletim da DGS deste sábado, 9 de maio.

Aumento do número total de casos abranda

Havia à meia-noite deste sábado 27.406 pessoas diagnosticadas com a doença Covid-19, 2.499 das quais já consideradas recuperadas.

O número de infetados aumentou em 0,5% para 27.406, ou 138 casos, uma desaceleração brusca em relação aos cerca de 500 novos casos por dia, em média, que foram confirmados três dias anteriores.

O número de pessoas a aguardar resultado laboratorial não se alterou muito, baixando 29 para 2.955. E há menos 162 pessoas sob vigilância das autoridades de saúde (26.667 neste momento).

Quatro dos 12 mortos tinham menos de 60 anos

O número de mortos subiu em relação às nove vítimas da véspera mas está em linha com a média diária de óbitos da última semana. Desta feita, porém, foram mais numerosas as mortes em pessoas mais jovens.

Tinham menos de 70 anos de idade seis das 12 vítimas mortais nas 24h até à meia-noite deste sábado. E quatro delas tinham menos de 60 anos, incluindo uma mulher na casa dos 40 anos. Houve, portanto, três mortes na casa dos 50 anos: três homens.

Todos os outros mortos registados neste boletim tinham mais de 80 anos, sendo que a vítima mais jovem continua a ser o homem na casa dos 20 anos que morreu esta semana.

Distribuídos pelo país, seis dos óbitos ocorreram no norte, cinco em Lisboa e Vale do Tejo e um no centro.

Número de internados baixa pelo segundo dia

Estavam, à meia-noite deste sábado, 815 pessoas internadas em hospital com Covid-19, afastando-se pelo segundo dia dos 874 reportados na quinta-feira.

Os números mais elevados nesta rubrica registaram em meados de abril, com mais de 1.300 pessoas internadas.

Esta é uma queda que tem sido acompanhada pelo número de pessoas que, desse total, está em cuidados intensivos: esse número voltou a baixar, para 120 pessoas à meia-noite de segunda-feira.

É um número que se afasta cada vez mais do “pico” de 271 pessoas com essa necessidade de internamento mais delicado que se registou a 7 de abril.

Lisboa e Vale do Tejo concentra maior fatia dos novos casos

Foi na região de Lisboa e Vale do Tejo que se confirmaram 73 das 138 novas infeções nas últimas 24 horas, concentrando, assim, mais de metade dos diagnósticos de Covid-19 ao longo do dia de sexta-feira. Já foram confirmados 7.166 casos na região.

No norte do país houve mais 45 pessoas infetadas com Covid-19, aumentando o total para 15.854. No centro, houve mais 17 casos, subindo para 3.581.

No Alentejo houve mais três confirmações (235, no total), sendo que na Madeira, no Algarve e nos Açores não houve novas infeções, segundo o mapa da DGS.

Na tabela dos concelhos, que Graça Freitas tem sublinhado ser “indicativa”, existem seis concelhos em Portugal com mais de 1.000 infetados: Lisboa (1.724), Vila Nova de Gaia (1.1448), Porto (1.300), Matosinhos (1.197), Braga (1.149) e Gondomar (1.048).

Tosse continua a ser o principal sintoma

A tosse continua a ser o principal sintoma indicado pelos doentes. Os sintomas apresentados entre os casos de testes positivos (com informação respeitante a 89% dos casos) mantêm-se quase inalterados em relação aos últimos dias, com uma preponderância maior de tosse (42%) e febre (30%), seguidas de dores musculares (21%) e cefaleia (20%). Só 16% se queixam de fraqueza generalizada e 12% de dificuldade respiratória.