O Facebook anunciou esta quinta-feira que vai avisar os utilizadores que “gostaram, reagiram ou comentaram” em notícias falsas (fake news) relacionadas com o novo coronavírus e que foram, entretanto, retiradas. Mark Zuckerberg, que, além do Facebook, também detém o Instagram e o WhatsApp, afirmou num post na rede social: “Durante essa crise uma das minhas principais prioridades é garantir que vejam informações precisas e autorizadas em todos os nossos aplicativos”.
https://www.facebook.com/zuck/posts/10111806366438811
Desde antes o início da pandemia da Covid-19 que o Facebook tem vindo a retirar milhares de conteúdos falsos relacionados com o novo coronavírus. De acordo com um comunicado da rede social, até agora a empresa já “direcionou mais de dois mil milhões de pessoas” para os sites da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de outras autoridades de saúde através do Centro de Informações COVID-19 e pop-ups no Facebook e Instagram, com mais de 350 milhões de pessoas a acederem para saberem mais.”
Contudo, o Facebook assume que este é só “metade do desafio”. A rede social trabalha com “mais de 60 organizações de verificação de factos que reveem e classificam o conteúdo em mais de 50 idiomas em todo o mundo”, como o Observador. Este esforço tem levado a rede social a anunciar apoios ao jornalismo para diminuir a propagação de notícias falsas.
Facebook doa 1 milhão de dólares para diminuir propagação de fake news sobre a Covid-19
É também devido a este trabalho de fact check que a empresa consegue apagar conteúdo e diminuir a sua disseminação nas suas plataformas. Contudo, por vezes, antes desse trabalho ser feito, e devido à rapidez na partilha de conteúdos virais, uma notícia falsa pode já ter chegado a inúmeros utilizadores antes de ser apagada. Este novo passo para avisar quem interagiu com um conteúdo falso pretende, assim, avisar as pessoas que a notícia com a qual interagiu era falsa.
Com esta mudança, o Facebook vai também passar a direcionar os utilizadores para a página de internet da OMS que desmente as principais informações falsas sobre a pandemia.