O presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, admitiu que está “triste e dececionado” com os acontecimentos dos últimos dias em relação à Superliga Europeia, que acabou suspensa após a debandada dos clubes fundadores.
Numa entrevista ao programa El Larguero, da rádio espanhola Cadena Ser, Florentino Pérez, o rosto dos trás da Superliga, teceu duras críticas à UEFA e consideoru que o formato da Liga dos Campeões está “obsoleto”.
“Estamos há muitos anos a trabalhar num projeto que não fui capaz de explicar. Estou triste e dececionado. Era algo fácil de entender, a Liga é intocável e é preciso arrecadar dinheiro nos jogos a meio da semana. O formato da Liga dos Campeões está obsoleto e só tem interesse a partir dos quartos de final”, sublinhou Pérez que, no entanto, acredita que este ainda não é o fim da Superliga.
Como Florentino Pérez se quis salvar através de outros (via Superliga) e caiu em desgraça para todos
Florentina Pérez referiu que o projeto está em “stand-by” e que Juventus e A.C. Milan ainda não o abandonaram, enquanto o Barcelona está a definir a sua posição. Contudo, a maioria dos clubes abandonou o projeto e muitos pediram desculpa aos adeptos, que desde o início se manifestaram contra uma liga que consideram elitista.
“Quem pensa que a Superliga está morta está equivocado? Completamente. Vamos continuar a trabalhar e vai sair aquilo que todos acharem melhor”, afirmou Pérez.
Na entrevista à Cadena Ser, o presidente do Real Madrid e da Superliga teceu ainda duras críticas ao presidente da UEFA, Aleksander Čeferin.
“Nunca vi tamanha agressividade como aquela manifestada pelo presidente da UEFA e por alguns presidentes de Ligas, de forma orquestrada”, acusou Pérez.
Florentino Pérez falou ainda numa campanha “manipulada” e rejeitou as acusações de que os fundadores da Superliga estivessem a acabar com o futebol como o conhecemos.
“Nós trabalhamos para que o futuro sobreviva. O que acontece? É que há pessoas que têm privilégios e nãos os querem perder, mesmo correndo o risco de arruinar os clubes. E no dia em que os clubes acabarem, acabarão os benefícios para todos”, atirou.