Mesmo em época de pandemia, há rituais que nunca deixam de fazer sentido e levar um biquíni ou um fato de banho novinho em folha na mala de férias de verão é apenas uma delas. Como cada vez há mais marcas nacionais para ir a banhos, eis uma plataforma que elimina todas as desculpas para não comprar português ou de quem por vezes se perde entre tanta oferta. Mas comecemos pelo início. Francisco Campos trabalhou vários anos em operações na Farfetch, mas foi na Overcube, site que reúne várias marcas de calçado nacionais, que conheceu Alexandra Fula, gestora de redes sociais da empresa. Em maio, decidiram criar a plataforma The Sea Collective.
“A ideia surgiu no ano passado, quando percebemos que existiam dezenas de marcas portuguesas de swimwear com bastante qualidade. No entanto, este é um mercado fragmentado, que nem sempre chega facilmente ao consumidor final”, começa por explicar Francisco Campos.
A falta de experiência em marketplace e comunicação de algumas empresas ou o facto de o cliente conhecer apenas uma parte da oferta existente são razões que podem explicar algumas dificuldades no setor. Para resolver algumas delas, Francisco e Alexandra optaram por reunir várias marcas num único site, tendo como critério de seleção a etiqueta nacional, a sustentabilidade do produto e o posicionamento mais premium. A The Sea Collective pretende, por um lado facilitar a procura de um biquíni ou fato de banho, ao mesmo tempo que apoia criadores independentes, sendo, assim, “o primeiro marketplace português de roupa de banho”.

A intenção da dupla é aproximar marcas de swimwear populares aquelas que, tendo igual qualidade e design, não conseguem atingir o público certo, incentivando a uma verdadeira comunidade cuja estratégia de comunicação se baseia na divulgação das marcas através das redes sociais. Na plataforma poderá encontrar à venda coleções atuais e edições passadas em saldos de marcas como Oiôba, My Gojji, Pele & Sal, Voke, Egalité, Gecko. “Ainda este mês vamos acrescentar mais duas e a ideia é que este número vá aumentando progressivamente”, adianta Francisco Campos, acrescentando que a roupa de banho masculina e produtos de beachwear, como toalhas de praia, guarda sois ou para-ventos, não estão excluídos no futuro.
Nesta fase de arranque, o mercado interno é, para já, o principal foco do projeto, mas os fundadores da The Sea Collective querem ajudar as marcas nacionais integradas na plataforma a chegar a outros mercados, nomeadamente Espanha e Reino Unido. “Ao incluirmos empresas internacionais estamos a potenciar a pesquisa de outros clientes e isso interessa-nos. Na próxima época de saldos, iremos fazer alguns contactos nesse sentido.”