Mais uma vez, os membros de uma igreja ultraconservadora protestaram contra o concerto anunciado dos Foo Fighters em Kansas City, no Missouri. Como sempre, os membros da banda retaliaram, mas desta vez infiltraram-se no protesto e abafaram as palavras de ódio com música.
Desde 2001 que cada vez que o grupo norte-americano atua nesta cidade, a Igreja Batista de Westboro organiza protestos contra a sua presença Este ajuntamento caracteriza-se pelo discurso contra judeus, ateus, muçulmanos, membros da comunidade LGBT e outros grupos de cidadãos — nomeadamente a banda rock.
Tal como aconteceu em 2011 e 2015, os Foo Fighters responderam à letra e acabaram por fazer pouco dos manifestantes.
Na passada quinta-feira, Dave Ghrol e os seus companheiros subiram para uma carrinha de caixa aberta e foram numa espécie de procissão até ao local da manifestação, em frente ao teatro onde iam atuar nessa noite. Foram mascarados de Dee Gees, o seu “alter-ego disco sound” que gravou uma canção da banda Bee Gees, e silenciaram os gritos homofóbicos com o cover de “You Should Be Dancing” (“deviam estar a dançar”, numa tradução literal).
Dave Grohl & The Foo Fighters trolled the Westboro Baptist Church outside their concert in Kansas tonight. PLAYING DISCO. pic.twitter.com/Ci2yh1M7QR
— Talkie (@talkie86) August 6, 2021
Do lado dos manifestantes, podia ler-se nos cartazes: “Vontade própria é uma mentira do diabo”, “Deus odeia o pride“, “Deus odeia-vos” e “Deus é vosso inimigo”, entre gritos e cânticos homofóbicos.
Do lado da banda, no topo da carrinha, Dave Ghrol gritava e troçava: “Senhoras e senhores, tenho algo a dizer. Adoro-vos! Adoro-vos mesmo! Aliás, eu adoro toda a gente, não era isso que vocês deviam estar a fazer ao invés de andarem com discursos de ódio? Sabem que mais? Vou dançar. E vocês vão dançar connosco. Hit it!”
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