O Reino Unido registou 360 mortes nas últimas 24 horas por causa do novo coronavírus, o balanço diário mais baixo desde 31 de março. Matt Hancock,o secretário de Estado da Saúde britânico (o equivalente ao ministro da Saúde em Portugal), especificou que este número corresponde às mortes por Covid-19 em contexto hospitalar. No total, morreram nos hospitais britânicos devido à pandemia 21.092 pessoas.
As 360 mortes nas últimas 24 horas representam uma descida significativa face às 413 de domingo. Também representam menos de metade das 813 registadas e anunciadas no passado sábado, informou Matt Hancock. Desde domingo, os casos confirmados ascendem a 4.031. No mesmo período realizaram-se 37.022 testes.
Os números das mortes referem-se a óbitos registados apenas em hospitais até às 17:00 da véspera e são compilados a partir de dados das direções regionais de Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte.
A redução do número de pessoas hospitalizadas levou as autoridades a mostrar confiança de que o Reino Unido poderia estar prestes a ultrapassar o pico da pandemia, mas esta segunda-feira o primeiro-ministro, Boris Johnson, rejeitou a pressão crescente para aliviar as medidas de distanciamento social.
“Temos de reconhecer o risco de um segundo pico, o risco de perder o controlo sobre este vírus e deixar que a taxa de contágio volte a subir (…). Porque isso significaria, não só uma nova vaga de mortes e doença, mas um desastre económico”, justificou.
O Governo anunciou em 9 de abril um prolongamento do regime de confinamento inicialmente decretado a 23 de março, estando uma revisão das condições prevista para a primeira semana de maio. Na semana passada, os governos autónomos da Escócia e País de Gales publicaram documentos com os princípios que vão guiar o desconfinamento nas regiões e hoje a primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon, disse que revelar as diferentes opções existentes “nos próximos dias”.
O primeiro-ministro britânico recusou publicar já um plano, mas prometeu novidades para os próximos dias e preparar o desconfinamento com “a maior transparência possível”, em consenso com empresas, diferentes regiões do Reino Unido e também com os partidos da oposição.
Boris Johnson voltou hoje ao trabalho após duas semanas em convalescença na sua residência de campo fora de Londres a recuperar de uma infeção com o novo coronavírus que implicou a sua hospitalização durante uma semana, incluindo três noites nos cuidados intensivos.
No sábado, o Reino Unido tornou-se no quinto país a ultrapassar a barreira das 20.000 mortes provocadas pelo novo coronavírus, depois dos EUA, Itália, Espanha e França.