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Augusto Santos Silva diz que PS "nada tem a ver" com o caso Sócrates

O antigo governante, que foi ministro da Defesa e dos Assuntos Parlamentares em governos de José Sócrates, defende que toda a gente deve acompanhar o processo que envolve pela primeira vez um ex-primeiro-ministro.

25 de Novembro de 2014 às 12:03
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O ex-ministro da Defesa socialista, Augusto Santos Silva, disse hoje respeitar a decisão do juiz de decretar prisão preventiva para o ex-primeiro-ministro José Sócrates, mas defendeu que o PS nada tem a ver com o processo.

 

"Respeito essa decisão. Pela primeira vez [é estranho, não é? mas é verdade], Sócrates vai poder explicar-se num processo judicial, de acordo com as suas regras próprias. Nesse processo, o PS não é parte. Ponto final", salientou Augusto Santos Silva numa mensagem deixada na sua conta pessoal no Facebook.

 

O antigo governante, que foi ministro da Defesa e dos Assuntos Parlamentares em governos de José Sócrates, defende que toda a gente deve acompanhar o processo que envolve pela primeira vez um ex-primeiro-ministro.

 

"O juiz competente decretou prisão preventiva para três dos quatro arguidos, entre eles José Sócrates. Pelos vistos, entendeu existirem indícios suficientemente fortes da prática de crimes de branqueamento de capitais, corrupção e fraude fiscal e o risco de fuga ou perturbação do inquérito", escreveu Augusto Santos Silva

 

O antigo ministro refere ainda que quer que cesse "a violação das regras básicas da Justiça, por responsabilidade dos titulares do processo (...) e com a cumplicidade de parte da imprensa".

 

O antigo ministro da Defesa insistiu em conhecer os factos apurados pelo Ministério Público e ouvir as explicações de José Sócrates sobre os mesmos.

 

O ex-primeiro-ministro José Sócrates tornou-se o primeiro ex-líder de Governo da história da democracia portuguesa a ficar em prisão preventiva, indiciado por fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção.

 

Depois de ter sido detido na sexta-feira à noite, no aeroporto de Lisboa, quando regressava de Paris, José Sócrates começou a ser interrogado no domingo.

 

O Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) decretou segunda-feira à noite a prisão preventiva do ex-primeiro ministro José Sócrates, do seu motorista, João Perna, e do empresário Carlos Santos Silva por suspeitas de crime económicos.

 

O empresário Carlos Santos Silva, que ficou em liberdade, com apresentações periódicas, ex-administrador do Grupo Lena, está indiciado por fraude fiscal, branqueamento de capitais e corrupção, enquanto o advogado Gonçalo Ferreira é suspeito de ter cometido os crimes de fraude fiscal e branqueamento de capitais.

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