A nova vida de Passos Coelho, o desejado

A nova vida de Passos Coelho, o desejado
Maria Henrique Espada 23 de fevereiro de 2023

Prometeu à mulher que não voltava à política a sério antes de a filha ser mais crescida. Riu-se bastante com a manchete que lhe insinuava uma nova namorada. Adora dar aulas. Não se inibe nas conversas nem nos almoços. “Seria um imbecil” se o fizesse, costuma dizer. Nem faz planos nem diz nunca. Sofreu, mas às vezes canta. A família, a universidade e a política no quotidiano do ex-primeiro-ministro.

No verão passado, Passos Coelho ficou uns dias de férias em Ílhavo, no hotel da Vista Alegre. Teve azar: o carro foi assaltado e acabou a ir comprar um computador à Fnac do Fórum Aveiro. Em tempo de férias, o espaço estava à pinha. Não foram compras normais. Gerou burburinho, gente à volta, pedidos de fotos, “parecia uma popstar”, recorda quem assistiu. Na loja, teve ainda de atender dois pedidos de funcionárias: se podia falar ao telefone com os respetivos namorados, a garantir que estava mesmo ali, coisa a que o ex-primeiro-ministro acedeu sem ser preciso insistência. Talvez tenha mesmo achado graça, já que usou a voz de barítono para questionar um dos interlocutores no telemóvel que lhe passaram: “Sabe quem fala?” Mesmo que não tenha sido reconhecido pela voz, a resposta era fácil, já que havia pessoas atrás e à volta a ajudar “é o Passos, é o Passos”.

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