O presidente eleito dos EUA anunciou, na terça-feira, que vai dar uma conferência de imprensa a 11 de janeiro, na qual vai revelar como tenciona evitar conflitos de interesse entre a posição presidencial e os seus negócios. Donald Trump, que foi eleito em novembro, não dá uma conferência de imprensa desde julho.
Anteriormente, os presidentes eleitos deram várias conferências de imprensa durante os períodos de transição, nas quais discutiram assuntos como as escolhas de pessoas para o governo e planos de política da futura presidência.
Em vez disto, Trump recorreu largamente a comícios, sessões de fotografias, entrevistas selecionadas e – no que é uma tendência – mensagens através da rede social Twitter, como foi agora o caso. Até agora, evitou a tradição que a conferência de imprensa do presidente se tinha tornado.
Os seus métodos de comunicar notícias sobre a transição têm sido heterodoxos para um futuro chefe de Estado. No mês passado, anunciou de forma inesperada aos jornalistas que estavam na receção do seu arranha-céus nova-iorquino em Manhattan, a Trump Tower, que Masayoshi Son, o multimilionário dirigente do gigante japonês de telecomunicações SoftBank, iria investir 50 mil milhões de dólares (48 mil milhões de euros) nos EUA, que criariam criar 50 mil empregos.
Os anúncios empresariais desta dimensão são raros e por norma são divulgados através de comunicados ou de conferências de imprensa cuidadosamente preparadas.